segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Não é fácil sair de casa.
Um mundo de aventuras aí à frente e aqui a mariquinhas de lágrima no canto do olho.
Dizem que a distância pode ser compensada com telefonemas, que hoje em dia há viagens baratas e que viajar é a melhor coisa do mundo. Mas quem é que vai estar aqui para tomar conta da minha mãe e para se irritar com ela quando, pela vigésima vez, ela não conseguir por o DVD a funcionar? E os meus avós. Vale sequer a pena entrar por aí? A casa de quem é que eu vou aparecer para almoçar sem sequer avisar? Os meus amigos: conversas sobre o tamanho do cócó que fizemos e queixas sobre pessoas que conheçemos. Melhor do que isso, chegar e dizer 'Novidades? Da vida das outras pessoas, quero dizer.'. E quem vai gozar com o meu pai porque ele não come peixe em casa para não ficar a cheirar e não faz ideia de como se monta um móvel?
(...)
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1 comentário:

Silvares disse...

Não é fácil saír mas é quase impossível voltar. Depois de saír o regresso é sempre em visita. Mas é muito bom. Beijinhos.